Pular para o conteúdo principal
Blog

Decifrando a Bradicardia sintomas, causas e tratamentos

Assim como os demais tipos de arritmia, a bradicardia é uma condição que, em determinadas circunstâncias, pode afetar a saúde e o bem-estar das pessoas, além de gerar uma série de riscos à saúde caso não seja tratada da maneira correta.

Felizmente, com o devido controle, é possível conviver com essa condição tendo uma vida normal e livre de riscos. Portanto, é importante saber como evitá-la e também ficar atento aos seus sinais e sintomas, garantindo um controle precoce e adequado se necessário.

Quer entender melhor o que é bradicardia, como identificar seus sintomas, quais suas principais causas, as melhores formas de evitá-las, como é realizado o diagnóstico e seu tratamento? Confira todos os detalhes que você precisa conhecer a seguir.

Image
13 - [IMAGEMBP] - 13 - [SOCIALPOST] - Decifrando a Bradicardia - sintomas, causas e tratamentos 01

O que é bradicardia?

bradicardia é um tipo específico de arritmia. Ou seja, trata-se de uma alteração que muda o padrão da velocidade dos batimentos cardíacos. No caso específico da doença, os batimentos se tornam muito lentos.

A frequência cardíaca de um adulto saudável em repouso ou em atividades habituais costuma ser de 60 a 100 batimentos por minuto. Ela diz respeito aos impulsos elétricos que percorrem o coração e fazem com que ele se movimente, bombeando sangue para todo o corpo.

Um impulso normal começa no nó sinusal, que é uma estrutura de células cardíacas especializadas, localizada acima do átrio direito (uma das 4 câmaras cardíacas). Então, ele é conduzido pelo átrio direito, depois para o átrio esquerdo e finalmente para as câmaras inferiores, chamadas de ventrículos.

Todo esse processo leva menos de 0,2 segundos para acontecer e é responsável pela contração e relaxamento do coração, formando um único batimento cardíaco. A sequência se repete a cada batimento, entre 60 e 100 vezes por minuto, caracterizando assim o ritmo cardíaco. seus batimentos. A bradicardia e as outras arritmias ocorrem quando os impulsos elétricos têm alterações no seu trajeto ou formação.

Caracterizada pela frequência cardíaca baixa, a doença ocorre quando o paciente apresenta menos de 60 batimentos por minuto. Nesses casos, o coração não consegue bombear sangue rico em oxigênio suficiente para o organismo de uma pessoa em movimento. 

Como consequência, alguns sintomas podem surgir, conheça-os abaixo: 

Quais os sintomas de bradicardia?

Um coração em condições saudáveis consegue bombear aproximadamente 5 litros de sangue por minuto. Já quando os batimentos cardíacos estão lentos, esse volume é bastante reduzido.

Em situações como essa, o cérebro e o restante do organismo não recebem a quantidade ideal de oxigênio e de nutrientes para funcionar adequadamente. Por consequência, começam a surgir os sintomas de bradicardia. Os principais são:

  • Fraqueza;
  • Intolerância a esforços;
  • Tontura;
  • Falta de ar;
  • Sensação crônica de falta de energia;
  • Confusão mental;
  • Desmaios;
  • Dores no peito.

É indispensável buscar ajuda médica imediata ao perceber um ou mais desses sintomas associados com a arritmia. Entenda no item seguinte como é realizado o diagnóstico.

Como é o diagnóstico?

A investigação e eventual confirmação da bradicardia deve ser realizada por um cardiologista. Na primeira consulta com o profissional, ele irá verificar os sintomas relatados e checar o histórico de saúde para entender melhor os hábitos do paciente. 

Além disso, o médico pode fazer um teste físico e solicitar exames complementares. Isso varia conforme a suspeita clínica, mas geralmente inclui o teste ergométrico ou eletrocardiograma (ECG). 

Qual a diferença entre taquicardia e bradicardia? 

Esclarecer qual a diferença entre taquicardia e bradicardia é importante porque muitas pessoas confundem essas duas condições. Apesar de ambas serem arritmias, elas têm manifestações e sintomas diferentes.

Como você pôde ver, a bradicardia ocorre quando o coração apresenta um ritmo mais lento que o normal, tendo batidas que chegam a ficar abaixo dos 40 bpm.

Já a taquicardia se refere a um ritmo cardíaco acelerado. Os pacientes que apresentam essa condição podem superar os 100 bpm quando estão em repouso ou realizando atividades cotidianas. 

Quais as causas da bradicardia?

Você viu anteriormente que os impulsos do coração começam no nó sinusal. Ele funciona como uma espécie de marcapasso natural, produzindo impulsos elétricos que, por sua vez, viajam em alta velocidade por uma rede específica e complexa de células cardíacas especializadas, fazendo assim o coração pulsar.

A maioria dos casos de bradicardia ocorre justamente por problemas nessa rede de condução elétrica. Assim, a doença pode ser dividida de duas maneiras:

  • Disfunção do nó sinusal: ocorre quando essa área adoece, reduzindo o número de estímulos elétricos produzidos, afetando o ritmo do coração;
  • Bloqueio atrioventricular: trata-se de um distúrbio que ocorre de forma parcial ou total no sistema de condução elétrica, atrapalhando a condução dos impulsos e diminuindo os batimentos.

Uma série de questões podem fazer com que algum desses problemas ocorra. O principal fator de risco é a idade. Entretanto, maus hábitos de saúde e algumas condições médicas também podem ocasionar a doença. Veja o que pode causar bradicardia:

  • Hipertensão arterial (a “pressão alta”);
  • Presença de alguma doença cardíaca congênita;
  • Danos no circuito elétrico do coração gerados por doenças cardíacas prévias;
  • Hipotireoidismo, desequilíbrio de eletrólitos (íons que fazem parte do sangue, como o potássio);
  • Efeitos colaterais de medicamentos para tratar outras doenças cardíacas;
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
  • Ansiedade e estresse;
  • Entre outros fatores relacionados, além do já citado envelhecimento natural.

Dependendo do grau de bradicardia, do tipo de dano sofrido no tecido cardíaco ou de onde o problema elétrico ocorreu, os sintomas podem se tornar mais frequentes. Os riscos ainda incluem o desenvolvimento de insuficiência cardíaca e até a parada total do coração se a bradicardia não for controlada adequadamente.

Como é o tratamento para bradicardia?

Agora que você já conhece as causas da bradicardia, tenha em mente que seu diagnóstico e tratamento sempre devem ser orientados por um cardiologista. As informações deste conteúdo não substituem a avaliação de um especialista. 

Dito isso, os tratamentos para bradicardia são definidos conforme as causas verificadas, os sintomas apresentados e a própria gravidade do quadro.

Em boa parte das situações, que podem ser reversíveis, a intervenção é feita por meio de medicamentos e mudanças no estilo de vida. Também há casos em que o paciente precisa suspender o consumo de alguns remédios que podem estar causando a bradicardia.

Já os quadros mais avançados e graves, comprovadamente irreversíveis, podem exigir o implante de marcapasso. Ele é um aparelho que controla e determina o ritmo cardíaco do usuário, sendo inclusive usado para tratar diversas outras condições cardíacas.

Realizada por médicos especialistas, a cirurgia para o implante de marcapasso é pouco invasiva, com o implante do dispositivo principal (gerador) no tórax, sob a pele ou sob o músculo peitoral, estando o gerador conectado a um, dois ou até três cabos-eletrodos, que habitualmente são implantados no interior das câmaras cardíacas através de veias de grande calibre, utilizando-se monitores de raios X em tempo real. Na maioria das vezes, a recuperação é bastante rápida e o paciente pode receber alta do hospital em pouco tempo.

Com o devido controle, quem tem bradicardia sinusal pode praticar esportes, atividades físicas e ter uma vida normal. Isso desde que siga o tratamento adequado, mantenha hábitos saudáveis e preze pelo devido acompanhamento médico.

Dicas para prevenção e cuidados para doenças cardíacas

Ciente de como controlar a bradicardia, tenha em mente que a prevenção é sempre o melhor caminho para evitar doenças e suas complicações. Veja nossas dicas para cuidar da saúde do seu coração:

Mantenha um estilo de vida saudável

Ter uma rotina saudável é indispensável para não ser acometido pela grande maioria dos fatores de risco para doenças cardíacas. Por isso, preze por uma alimentação balanceada, pratique exercícios regularmente, cuide da pressão arterial, evite o estresse, não fume e nem beba em excesso.

Faça acompanhamento médico periodicamente

Manter o costume de visitar um médico de confiança e fazer check-ups periódicos é muito positivo. Acompanhar sua saúde de perto regularmente ajuda a definir melhores hábitos e até a identificar possíveis doenças silenciosas, as tratando ainda em estágio inicial. 

Monitore seu ritmo cardíaco

bradicardia é perigosa principalmente para quem tem histórico familiar ou problemas prévios do coração. Se for o seu caso, faça exames regularmente. Outra dica é investir em wearables e dispositivos portáteis que permitem checar o ritmo cardíaco no dia a dia. Está em dúvida ? Mostre o registro ao seu médico !

Agora que você já conhece os principais detalhes sobre a bradicardia, que tal continuar ampliando seus conhecimentos sobre a saúde do coração? 

Nossa dica é o artigo “Como o telemonitoramento está transformando a cardiologia?”. Clique aqui e acesse agora!