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Tratamentos para arritmia cardíaca: quais são e como funcionam?

Conhecer as opções de tratamento para arritmia cardíaca é de suma importância, principalmente entre as pessoas com histórico de doenças do coração na família.

A presença de sintomas também é um sinal de alerta e exige a busca imediata por assistência médica. Eles incluem palpitações, sensação de fraqueza, tontura, confusão mental, dores de cabeça frequentes e esporádicas no peito e até desmaios.

 Os diferentes tipos de arritmia cardíaca atingem mais de 20 milhões de brasileiros e provocam mais de 300 mil mortes súbitas anuais no país, sendo as cardiopatias as mais comuns. Os dados são da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).

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Tratamentos para arritmia cardíaca quais são e como funcionam

Quais tratamentos para arritmia cardíaca existem?

As opções de tratamento para arritmia cardíaca são definidas pelo médico cardiologista conforme as condições específicas da doença. Antes de conhecer as indicações para cada paciente, entenda as quatro possibilidades principais de intervenção:

Uso de medicamentos

Os medicamentos antiarrítmicos são utilizados para os quadros de arritmia que representam risco ou que geram sintomas severos nos pacientes.

Não há necessariamente uma única substância capaz de eliminar a condição em qualquer pessoa, mas sim um conjunto de medicamentos que devem ser testados junto ao paciente até que haja uma resposta satisfatória.

Ablação por cateter

Quando os remédios não geram bons resultados ou têm excesso de efeitos colaterais, uma alternativa de tratamento mais definitiva é a ablação cardíaca por cateter.

Após um estudo eletrofisiológico do coração do paciente, procedimento que mapeia com catéteres as áreas com problemas nos sinais elétricos, um cateter específico é introduzido para destruir os tecidos anormais. A cicatrização desses tecidos interrompe a condução anormal dos impulsos elétricos, normalizando o ritmo cardíaco.

Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEIs)

Outra possibilidade é o Implante de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos (DCEI). Os principais são o conhecido marcapasso (MP) e o cardioversor desfibrilador implantável (CDI).  O MP visa manter a regularidade do batimento cardíaco. Já o CDI serve para restaurar o ritmo cardíaco quando ele está muito acelerado ou anormal. Ambos são implantados sob a pele e enviam pequenos sinais elétricos por meio de cabos-eletrodos implantados diretamente no coração para normalizar suas batidas.

Cirurgia

Tanto a ablação, quanto o implante de dispositivos médicos para arritmia cardíaca são considerados procedimentos minimamente invasivos. Ou seja, ambos têm rápida recuperação e não afetam a qualidade de vida do paciente de forma substancial. Entretanto, nos quadros mais graves, o tratamento para arritmia cardíaca pode exigir cirurgias com abertura do tórax do paciente.

Como a arritmia cardíaca é tratada?

Para entender como tratar arritmia cardíaca, você precisa saber que existem diferentes tipos da doença. 

No geral, o coração de um adulto saudável costuma bater de 60 a 100 vezes por minuto em repouso. As arritmias ocorrem quando há alterações nesse ritmo, que podem fazê-lo bater de forma mais lenta ou acelerada. Entenda cada caso:

  • Taquicardia: esse tipo de arritmia ocorre quando o ritmo do coração é muito rápido, tendo mais de 100 e às vezes chegando a até 400 batimentos por minuto. Nesses casos, o tratamento mais comum é com o CDI, que detecta as alterações e corrige a pulsação por meio de um pequeno choque elétrico no coração;
  • Bradicardia: corresponde ao ritmo cardíaco persistentemente lento, geralmente menor que 60 batimentos por minuto. Em casos leves, ela não exige tratamento, apenas mudanças no estilo de vida. Já em outros, é necessário implantar o marcapasso, que emite pequenos e repetidos impulsos elétricos para corrigir as falhas no ritmo do coração;
  • Fibrilação atrial: é um subtipo de arritmia no qual o ritmo dos átrios (câmaras superiores do coração) torna-se rápido e irregular. Nessas situações, é mais comum que seja realizada uma intervenção de ablação cardíaca por cateter. Em alguns casos, entretanto, pode ser necessário associar também o implante de um marcapasso. 

Tenha em mente que o tratamento para arritmia cardíaca nem sempre é necessário, ainda que o diagnóstico junto a um cardiologista seja essencial. Se a doença for benigna ou muito esporádica, você só precisa de um acompanhamento clínico constante para se certificar de que o quadro estará sob controle. Em caso de sintomas recorrentes, dor intensa ou risco de vida, certamente haverá necessidade de tratamento.

Como tratar arritmia cardíaca

O tratamento para arritmia cardíaca é solicitado conforme o tipo, grau e frequência da arritmia. As possíveis alternativas são:

  • Alterações no estilo de vida do paciente em todas as situações;
  • Acompanhamento clínico, caso a arritmia seja considerada benigna;
  • Uso de medicamentos antiarrítmicos;
  • Implante de dispositivos médicos para arritmia cardíaca, como MP e CDI;
  • Ablação cardíaca por cateter;
  • Cirurgias invasivas para casos mais extremos.

Tão importante quanto cada tratamento mencionado, é prezar por mudanças no estilo de vida e adotar hábitos mais saudáveis em prol da saúde do coração.

Além disso, fazer o acompanhamento clínico com um cardiologista é imprescindível, pois só ele poderá solicitar os exames necessários e determinar com precisão qual o diagnóstico e tratamento necessário.

Arritmia cardíaca tem cura?

A arritmia cardíaca tem cura em grande parte das situações. Inclusive, lembre-se que existem casos de pacientes com o tipo benigno da doença, que não exige tratamento, apenas a adoção de hábitos mais saudáveis. Entretanto, também existem arritmias permanentes. A boa notícia é que, ao prezar pelo devido tratamento, elas podem se tornar inofensivas e não afetar a rotina.

Dito isso, cabe salientar que existem quadros mais graves, com efeitos severos sobre o aparelho cardiovascular. Além disso, pacientes com histórico familiar ou fatores de risco para problemas no coração exigem atenção redobrada. Nesses casos, a arritmia cardíaca é considerada grave

Quando o tratamento para arritmia cardíaca não é levado a sério, a doença pode até mesmo ser fatal. Tanto que 90% dos casos de morte súbita no Brasil são provocados por arritmias, segundo a SOBRAC. 

Portanto, é sempre imprescindível procurar um médico sob qualquer suspeita e seguir rigorosamente suas orientações.

Por que o acompanhamento cardiológico é importante?

Como você pôde ver, o tratamento para arritmia cardíaca depende das condições específicas do coração de cada paciente. Além disso, a doença pode ter diferentes tipos e diversas causas.

Isso quer dizer que realizar o acompanhamento correto com um cardiologista é fundamental para:

  • Determinar as origens da doença;
  • Entender a evolução do quadro;
  • Garantir uma intervenção realmente eficaz.

Além disso, o tratamento nem sempre envolve procedimentos pontuais. Na maioria das situações, os batimentos só recuperam sua normalidade quando há mudanças nos hábitos da pessoa tratada.

Assim, só um acompanhamento contínuo e especializado permite confirmar se as recomendações estão surtindo efeito, se o paciente está melhorando ou se novas alterações ou procedimentos são necessários.

Junto disso, é essencial realizar exames periódicos para:

  • Monitorar o ritmo cardíaco;
  • Checar se o coração está funcionando adequadamente;
  • Verificar se há lesões na sua estrutura;
  • Identificar novos riscos que possam ser minimizados ou eliminados com tratamentos precoces.

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