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Quais são as diferenças entre CDI, marcapasso e ressincronizador cardíaco?

Você já se perguntou sobre a diferença entre CDI e marcapasso? E como esses implantes se distinguem do ressincronizador cardíaco?

Não se preocupe, essas dúvidas são relativamente comuns em um cenário onde o número de pacientes com dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEIs) aumenta a cada dia. Esse avanço na Cardiologia tornou os procedimentos mais acessíveis e eficazes.

Caso você possua histórico familiar para doenças no coração, suspeitas clínicas ou percebeu algum sintoma associado, vale a pena se informar sobre as funções e indicações de cada aparelho. Para te ajudar a entender o assunto, criamos este artigo completo. A seguir, veja a diferença entre marcapasso, CDI e ressincronizador. Também mostraremos as indicações de cada implante e os cuidados a serem seguidos pelos portadores. Continue a leitura!

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diferenças entre CDI, marcapasso e ressincronizador cardíaco

Qual a diferença entre CDI, marcapasso e ressincronizador cardíaco?

Tanto CDI quanto marcapasso e ressincronizador são tecnologias implantáveis desenvolvidas para tratar quadros como arritmias ou insuficiência cardíaca grave.  Cada aparelho é indicado para um tratamento específico. Apenas o médico cardiologista irá determinar qual é a alternativa mais recomendada para cada paciente. 

Além disso, é ele que aponta se o implante é realmente necessário e quais as intervenções complementares exigidas.
Portanto, é imprescindível prezar pelo devido acompanhamento profissional para abordar qualquer condição cardiovascular. Ciente disso, veja quais são as aplicações gerais de cada dispositivo para o coração:

Cardiodesfibrilador implantável (CDI)

O cardioversor desfibrilador implantável, conhecido pela sigla CDI, é um implante capaz de monitorar ritmos cardíacos irregulares e corrigi-los quando necessário, garantindo que o sangue seja bombeado corretamente por todo o corpo.

Sua principal finalidade é evitar a parada cardíaca e a morte súbita. Isso é feito por meio de estímulos elétricos que revertem eventuais falhas no ritmo dos batimentos. 
O CDI é composto por um gerador e ao menos um cabo-eletrodo, com condutores elétricos especiais, os “coils” (semelhantes a bobinas ou molas), por onde são conduzidos os estímulos elétricos. Ele pode administrar choques para restaurar o ritmo cardíaco normal em caso de emergência, tratando arritmias potencialmente fatais.
Além disso, pode fornecer terapia de estimulação cardíaca, exatamente como um marcapasso, conforme descrito mais adiante. Geralmente, é implantado sob a pele ou sob a musculatura peitoral, na região do tórax e conectado ao coração através do(s) cabo-eletrodo(s).

Marcapasso

Já o marcapasso é o implante mais conhecido entre o público geral. Como os outros dispositivos aqui citados, ele é implantado por baixo da pele para enviar sinais elétricos específicos para o coração.
A diferença para os demais aparelhos é que seu objetivo é fazer com que o músculo cardíaco bata num ritmo normal, evitando que os batimentos do coração fiquem muito lentos.  

Sua finalidade é minimizar os sintomas dos pacientes, que geralmente têm indicação para o marcapasso quando sentem tonturas, falta de ar, intolerância aos esforços, desmaios recorrentes, entre outras condições semelhantes. 
Normalmente, o aparelho é formado por um gerador acompanhado de um ou dois  cabos-eletrodos, uniformes e de calibre fino, implantados nas câmaras direitas do coração (átrio e ventrículo).

Ressincronizador cardíaco 

Agora que você já conhece a diferença entre CDI e marcapasso, também é importante mencionar o ressincronizador cardíaco. Ele é também um dispositivo implantável, mas usado em um tratamento chamado de TRC (Terapia de Ressincronização Cardíaca). 
A principal função dos sinais elétricos emitidos por esse aparelho é garantir que as batidas do coração mantenham uma sincronia adequada entre as câmaras direitas e esquerdas do coração. 
O implante é recomendado para melhorar a qualidade de vida e minimizar os sintomas de pacientes com cardiopatias mais sérias, que sentem:
● Falta de ar e de energia;
● Confusão mental e falta de memória;
● Tosse frequente e fôlego “curto”;
● Inchaço nas pernas e pés, entre outros sintomas.

Sua estrutura é formada por um gerador e até três eletrodos. Eles são posicionados nos ventrículos direito e esquerdo e no átrio esquerdo.

Para quais tratamentos cada dispositivo é recomendado?

Até aqui, você leu sobre a diferença entre CDI e marcapasso, e as características do ressincronizador. Agora, veja para quais tratamentos esses dispositivos são indicados:

CDI: o cardiodesfibrilador implantável é recomendado para pacientes com quadros graves de insuficiência cardíaca. Ele também pode ser indicado para doenças congênitas do coração ou para quem já sofreu uma parada cardíaca por arritmia e se recuperou, mantendo o coração funcionando em seu ritmo normal;

Marcapasso: já o marcapasso cardíaco é voltado ao tratamento de condições que modificam o padrão correto de batimentos do coração. A principal delas é a bradicardia, que ocorre quando o músculo cardíaco bate de forma irregular e mais lenta do que deveria;

Ressincronizador cardíaco: por sua vez, o ressincronizador é indicado para pessoas com insuficiência cardíaca avançada. Seu uso também é comum para pacientes com risco de morte súbita por arritmias cardíacas. Através da ressincronização entre a ativação das câmaras direitas e esquerdas do coração, ele pode ser utilizado para normalizar as condições cardiovasculares de quem foi recuperado desse tipo de quadro.

Ciente sobre a diferença entre CDI e marcapasso, ressincronizador e as indicações de cada implante, veja abaixo quais são os principais cuidados a serem seguidos por quem utiliza esse tipo de dispositivo.

Que cuidados uma pessoa com implante deve seguir?

Após receber o diagnóstico de uma doença cardíaca grave e a indicação para o uso de dispositivos como os mencionados, é fundamental conversar com o profissional antes da cirurgia para tirar todas as suas dúvidas. 

Independentemente da diferença entre CDI e marcapasso, esse tipo de dispositivo exige um acompanhamento para toda a vida. Afinal, lembre-se de que seu funcionamento é elétrico e, sem os devidos ajustes, ele não se mantém estável para sempre.

Embora os implantes sejam customizados às necessidades individuais de cada paciente, revisões periódicas são necessárias para acompanhar a evolução da saúde cardíaca e corrigir possíveis problemas nos dispositivos.

Por conta disso, é imprescindível consultar-se regularmente com o cardiologista

Normalmente, a primeira avaliação do dispositivo é feita em até 30 dias após a cirurgia. Depois disso, as consultas seguintes são realizadas a cada seis meses. Essa é apenas uma média geral, sendo que a periodicidade ideal é sempre aquela informada pelo médico.

Durante os atendimentos, o especialista irá avaliar o dispositivo, ajustá-lo para otimizar o seu funcionamento, certificar-se de que não há nenhum problema e acompanhar os períodos corretos para a substituição do gerador, quando identificar que a vida útil da bateria se aproxima do fim.

Desde que priorizado o devido acompanhamento cardiológico, os dispositivos implantáveis da BIOTRONIK foram desenvolvidos para que os pacientes levem uma vida praticamente normal.

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