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11 mitos sobre marcapasso desvendados para pacientes

Você sabe quais são os mitos sobre marcapasso e quais informações são verdadeiras? Esse tema é muito comum em pacientes com implantes, principalmente em dúvidas como viajar de avião, praticar exercícios e realização de exames.

Tantas incertezas resultam em receios que muitas vezes podem impactar na qualidade de vida das pessoas sem necessidade. 

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11 mitos

11 mitos e verdades sobre marcapasso

Para esclarecer de vez as principais dúvidas, este artigo reúne informações confiáveis e explicações detalhadas sobre o que é mito e o que é verdade quando se trata de marcapassos.  

A intenção é desmistificar conceitos equivocados e trazer segurança para aqueles que utilizam o dispositivo. Para facilitar o entendimento, selecionamos 11 mitos sobre o marcapasso. Cada um será explicado em detalhes, permitindo que você diferencie o que é mito e o que é verdade.

Acompanhe as informações abaixo e saiba como o dispositivo pode impactar — ou não — diferentes aspectos da sua rotina.

1. Quem tem marcapasso não pode usar o celular

Mito! Portadores de marcapasso podem usar o celular normalmente, desde que respeitem algumas orientações simples para garantir a segurança.

A principal recomendação é manter o celular a pelo menos 15 cm de distância do dispositivo. Isso significa que o aparelho deve ser utilizado no ouvido oposto ao lado de onde está o marcapasso. 

Além disso, evitar carregar o celular no bolso da camisa ou em contato direto com a região do dispositivo é uma medida prudente para reduzir qualquer possibilidade de interferência eletromagnética.

É importante lembrar que o risco de interferência ocorre apenas em condições muito específicas e extremas, como quando o celular é mantido em contato direto com o marcapasso por um período prolongado.

Portanto, seguir as orientações médicas sobre distância e uso responsável é suficiente para que pacientes com marcapasso utilizem o celular com tranquilidade e segurança.

2. Paciente com marcapasso não pode usar micro-ondas

Mito! Trata-se de um dos mitos sobre marcapasso mais comum. O forno de micro-ondas não interfere no funcionamento do marcapasso e pode ser utilizado sem preocupações.

No passado, havia receios de que as ondas eletromagnéticas emitidas pelo aparelho pudessem causar interferências no dispositivo. Esse medo era baseado nos modelos mais antigos de marcapassos, que tinham menos proteção contra emissões externas. 

Com os avanços tecnológicos, tanto os marcapassos quanto os micro-ondas modernos são projetados para evitar esse tipo de problema.

Embora o risco seja praticamente inexistente, uma orientação adicional é evitar permanecer encostado no micro-ondas enquanto ele está em uso

Isso não está relacionado a riscos diretos, mas é uma recomendação de segurança geral para reduzir a exposição a emissões eletromagnéticas, ainda que mínimas.

3. Uso de marcapasso impede a realização tomografia e outros exames

Meia-verdade! Algumas limitações existem, mas grande parte dos exames de imagem pode ser realizada sem problemas para pacientes que utilizam marcapasso.

Exames como raio x, tomografia computadorizada, ultrassonografia e mamografia não apresentam risco ao dispositivo e podem ser feitos de forma segura. 

São métodos de diagnóstico que não geram campos magnéticos intensos ou correntes elétricas capazes de interferir no funcionamento do marcapasso, tornando-os acessíveis para o acompanhamento médico regular.

Por outro lado, ressonância magnética exige uma avaliação cuidadosa. Os marcapassos mais modernos, como os desenvolvidos pela BIOTRONIK, são compatíveis com esse exame desde que o dispositivo seja reprogramado antes do procedimento. 

No entanto, para pacientes com modelos antigos de marcapassos, a ressonância ainda é contraindicada devido ao risco de interferências eletromagnéticas. Sempre informe seu médico e a equipe técnica sobre o dispositivo para que as medidas adequadas sejam tomadas.

4. Detectores de metal conseguem identificar o marcapasso

Verdade! Os detectores de metal podem identificar o gerador do marcapasso, mas isso não prejudica o funcionamento do dispositivo.

Ao passar pelas portas de segurança em aeroportos ou bancos, é possível que o detector acione um alarme devido ao metal presente no gerador. 

Apesar disso, essa detecção não interfere no desempenho do marcapasso. O dispositivo é projetado para resistir a campos magnéticos e ondas eletromagnéticas típicas desses sistemas.

Uma recomendação prática é sempre carregar a carteirinha de identificação de portador. O documento informa que você utiliza o dispositivo e facilita a liberação em situações que exijam inspeções mais detalhadas. 

Além disso, evite permanecer parado entre os sistemas antifurto de lojas para minimizar qualquer interação desnecessária.

5. Avaliação de bioimpedância não pode ser feita por paciente com marcapasso

Verdade! Pacientes com marcapasso devem evitar a bioimpedância devido ao risco de interferências no funcionamento do dispositivo.

O exame utiliza correntes elétricas de baixa intensidade para medir a composição corporal, e essas correntes podem alterar a programação do marcapasso ou causar mau funcionamento temporário, especialmente se o equipamento estiver próximo ao gerador.

Para quem precisa avaliar a composição corporal, alternativas seguras estão disponíveis e podem ser discutidas com o médico. Métodos que não envolvem o uso de correntes elétricas são mais indicados e garantem a segurança do paciente. 

Sempre informe os profissionais de saúde sobre o uso do marcapasso antes de realizar qualquer exame ou procedimento, evitando complicações desnecessárias.

6. Quem usa marcapasso deve evitar colchões magnéticos

Verdade! Produtos com campo magnético, como colchões magnéticos, não são recomendados para quem utiliza marcapasso, pois podem causar interferências.

O uso de campos magnéticos intensos pode gerar alterações temporárias na programação do dispositivo, além de acelerar o desgaste da bateria. 

Essa interação acontece porque o campo interfere no funcionamento  interno do marcapasso, aumentando o consumo energético ou mesmo alterando parâmetros configurados. Para garantir a segurança e a durabilidade do marcapasso, o ideal é optar por alternativas que não contenham ímãs ou fontes magnéticas

Em caso de dúvidas sobre produtos ou dispositivos que utilizam campos magnéticos, consulte o médico ou a equipe técnica responsável pelo acompanhamento do marcapasso.

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Magnetic Mattress

7. Portador de marcapasso não pode dirigir

Mito! A direção é permitida para a maioria dos pacientes com marcapasso, mas algumas orientações devem ser seguidas.

Após a cirurgia de implante, é recomendável aguardar cerca de 30 dias antes de voltar a dirigir. Esse período é necessário para garantir que os eletrodos estejam bem fixados e para permitir a recuperação total da área operada. 

Em casos de pacientes que utilizam desfibriladores, o tempo pode variar conforme a avaliação médica. 

O cardiologista também deve ser consultado regularmente para acompanhar o funcionamento do marcapasso e avaliar qualquer restrição adicional que possa surgir devido à condição de saúde do paciente. 

8. Pessoas com marcapasso não podem se exercitar

Mito! Exercícios físicos são benéficos e, na maioria dos casos, recomendados para quem utiliza marcapasso.

É importante adotar algumas precauções, especialmente nos primeiros meses após o implante. Evite atividades que envolvam impacto na região do marcapasso ou levantamento de peso com o braço do lado onde o dispositivo foi implantado. 

Após esse período inicial, exercícios como caminhadas, natação e atividades aeróbicas podem ser realizados com segurança, desde que autorizados pelo médico.

Manter uma rotina de exercícios não apenas contribui para a saúde cardiovascular, mas também melhora a qualidade de vida. 

O acompanhamento de um profissional de educação física ou fisioterapeuta com experiência em pacientes cardiológicos é recomendado para personalizar o plano de atividades.

9. A bateria do marcapasso não precisa ser trocada

Mito! A bateria do marcapasso tem uma vida útil limitada e precisa ser substituída periodicamente.

O tempo médio de duração da bateria varia entre 6 e 10 anos, dependendo do modelo e da frequência de uso do dispositivo. Quando o nível de energia atinge um limite específico, a substituição é necessária para garantir o funcionamento contínuo do marcapasso.

O procedimento de troca é simples. Apenas o gerador é substituído, enquanto os eletrodos permanecem no lugar. É realizado sob anestesia local e, geralmente, o paciente pode retornar para casa no mesmo dia. 

Consultas regulares permitem o monitoramento da bateria, garantindo que a substituição seja feita antes que a carga se esgote completamente.

10. Paciente com marcapasso pode ter vida sexual ativa e normal

Verdade! O uso do marcapasso não impede a prática de atividades sexuais, desde que o paciente esteja em boas condições de saúde.

A presença do dispositivo não interfere no desempenho sexual nem apresenta riscos diretos durante a relação. No entanto, o período de recuperação após o implante exige alguns cuidados, e é recomendado evitar esforços excessivos nas primeiras semanas. 

Depois que a recuperação estiver completa, a vida sexual pode ser retomada normalmente, sempre respeitando as orientações médicas.

Em casos específicos, como pacientes com insuficiência cardíaca ou outras condições cardiovasculares associadas, o médico pode avaliar a necessidade de ajustes ou restrições. 

11. Pacientes com marcapasso não podem viajar para o exterior

Mito! Quem utiliza marcapasso pode viajar para outros países com segurança, desde que adote algumas medidas preventivas.

Antes de viajar, é recomendável realizar uma consulta médica para avaliar a funcionalidade do dispositivo e garantir que não há contraindicações. 

Leve sempre a carteirinha de identificação do marcapasso, contendo informações sobre o modelo e contatos médicos de emergência. Esse documento é especialmente útil em aeroportos, onde pode ser necessário informar os agentes de segurança sobre o dispositivo durante a passagem por detectores de metal.

Também é importante conhecer o sistema de atendimento médico do local de destino, especialmente em viagens longas ou para áreas remotas. Assim, você terá a tranquilidade de saber a quem recorrer em caso de necessidade.

E então, conseguimos sanar suas dúvidas a respeito dos mitos sobre o marcapasso? Quer entender mais do seu funcionamento e como ele pode impactar na rotina? Leia nosso artigo completo: Como funciona o implante de marca-passo? Entenda!